segunda-feira, 23 de julho de 2012

Qual a nossa participação em trabalhar para um meio ambiente melhor?

domingo, 15 de agosto de 2010

Texto

Caros colegas eu coloquei dois textos para reflexão, bem como pode auxiliar na construção do trabalho final. Sugiro também uma análise do site da revista Mundo Jovem, pois tem alguns temas muito interessante. http://www.mundojovem.com.br/.

sábado, 14 de agosto de 2010

Projeto

Educar através da produção de imagens



O uso das novas tecnologias na educação tem sido amplamente discutido. Mas o assunto permanece no campo do debate e pouco ou nada avançou dentro de uma política global na educação. Programas nesta área restringem-se a colocar computadores nas escolas.



“Fazer filmes. Às vezes não deveria ser nada mais do que um hábito, como passear, ler o jornal, fazer anotações ou dirigir um carro.”

Wim Wenders, cineasta alemão



No começo do século passado, o pintor e fotógrafo húngaro Laszlo Moholy-Nagy (1895-1946) dizia que no futuro não seriam considerados analfabetos apenas os que não soubessem ler, mas também quem não entendesse o funcionamento de uma máquina fotográfica. Hoje, no século 21, poderíamos dizer que também é analfabeto, aquele que não entender o funcionamento da mídia. Desde que surgiu a fotografia, se faz necessário que aluno compreenda também essa linguagem, como a do cinema e da televisão.



Além da sala de aula



Ver filmes e analisá-los com os alunos não pode ser o único caminho. É preciso motivar os estudantes a produzir filmes. Dentro dessa proposta é que surgiu em 2002, na cidade de Guaíba, RS, o Festival de Vídeo Estudantil e Mostra de Cinema. O evento busca mostrar experiências e promover amplo debate sobre o assunto. A primeira edição abriu espaço de trabalhos realizados por estudantes do Instituto Estadual de Educação Gomes Jardim. Os trabalhos que se destacaram receberam o Troféu Gomezito, alusivo ao Cipreste Farroupilha, símbolo de Guaíba e Patrimônio Cultural do RS. Hoje, já na sua sétima edição, o evento vem sendo considerado uma referência no Brasil nesta área. Percebe-se que os trabalhos realizados nas escolas, envolvendo o uso do vídeo, da mídia, permanecem basicamente no âmbito da sala de aula. O festival de Guaíba tem proporcionado que produções tenham uma abrangência maior, integrando excelentes experiências do Brasil e até do exterior.



Vivemos na era da imagem. Precisamos alfabetizar o aluno também nesse contexto para que saiba analisar criticamente um programa de tv, um filme, uma fotografia, a reportagem de um jornal e até a internet. Quem já pegou uma câmera na mão e fez seu vídeo, por exemplo, passa a ter um novo olhar em relação ao cinema e à tv. As novas tecnologias, até mesmo o celular, tão combatido nas escolas, podem transformar-se em ótimos instrumentos a serviço da educação.



A mídia está aí, ela não pode ser apenas crucificada, como sendo o grande mal da sociedade que cria necessidades, que torna as pessoas passivas e aliena. Ela é tudo isso e muito mais. É preciso aprender a conviver com ela e formar pessoas com um olhar crítico. Todos sabem do seu poder e que, como diz Leopoldo Zea, a mídia vai “como gotas de água que não páram de pingar sobre uma pedra - por mais dura que ela seja - penetrando os ouvintes, os telespectadores, até conformá-los a seus interesses. Um duplo instrumento educativo, presente em todas as nossas casas, mesmo as mais humildes, que vai criando, talvez sem que nos demos conta, um determinado tipo de homem”. Assim, a escola não pode ser mero reprodutor e sim estimular o aluno a criar e buscar novos conhecimentos, apropriando-se das novas tecnologias. Espera-se que os programas de informática nas escolas possam agregar filmadoras e máquinas fotográficas e a alfabetização da imagem possa ser conteúdo nas escolas.



Valmir Michelon,

professor de Filosofia, jornalista e fotógrafo.

Idealizador do Festival de Vídeo Estudantil, de Guaíba, RS.

Endereço eletrônico: michelonfolha@pop.com.br

Artigo publicado na edição nº 390, jornal Mundo Jovem, setembro de 2008, página 21.



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Tecnologia e inclusão

A terceira idade e a Inclusão digital1


Vitória Kachar*

A tecnologia invadiu as casas, empresas, instituições de todos os tipos. A sociedade como um todo está se tornando informatizada. Os recursos da imprensa, rádio, TV, telefone, fax, vídeo, computador e Internet são disseminadores de culturas, valores e padrões sociais de comportamento. Todos esses artefatos fazem com que a comunicação seja intermediada pela máquina e não pela voz humana.

As mudanças transparecem nas diversas dimensões de viver na sociedade tecnologizada. Com a sofisticação dos recursos da tecnologia, torna-se maior a amplitude de acesso à informação, assim como a qualidade de veiculação e recepção se mostra em diferentes níveis de mídia. O acesso fácil e rápido, quase que instantâneo, à informação relativiza a questão do tempo e do espaço. As informações infiltram-se por todos os lados, quase que não precisamos ir atrás delas, pois elas passam a se apresentar a nós exaustivamente, intervindo nas nossas relações e comportamentos. O ambiente familiar, antes convergente e constituído em volta das figuras da mãe e do pai, fica diluído entre os mitos eletrônicos, que são endeusados e assumem a tutoria da infância.

Nossas concepções de mundo estão sendo delineadas pelas informações que recebemos por meio das mídias eletrônicas. A TV, além de informar, seleciona, exibe e interpreta o que acontece (Lomas, 2001: 147).

Uma fábrica de sonhos e emoções que invade a vida dos indivíduos, conformando subjetividades, interiorizando comportamentos-modelo da sociedade, atuando no inconsciente do sujeito espectador que capta as mensagens dentro dessa visão, que é uma versão do mundo fragmentada e filtrada pela tela.

Para Lomas, a mídia age a partir a informação textual, verbal e das imagens para persuadir e manipular o espectador com a intenção de fazer saber, fazer crer, fazer parecer verdade, fazer sentir (2001:149).

Na sociedade contemporânea, a socialização incorpora as relações produzidas pela rede de interconexões de pessoas entre si, mediadas pelas Tecnologias da Comunicação e Informação.

A mídia e a publicidade focam perspectivas da realidade, intervindo na construção de identidade, culturas e relações pessoais. Preocupa-nos a discrepância que surge entre o que as mídias anunciam de horizontes e leituras de universos e os valores educativos que são discutidos e tratados nas instituições educacionais. Há uma emergente necessidade de preparar cidadãos que saibam ler, interpretar, analisar criticamente as informações recebidas e selecionar as significativas para si e para o uso coletivo. A população de um modo geral está carente de recursos técnicos e educacionais para enfrentar e lidar com um futuro que caminha na ambigüidade do local e global, do espaço físico e virtual.

A geração nascida no universo de ícones, imagens, botões e teclas transita com desenvoltura na operacionalização, nesta cena visionária de quase ficção científica, mas a outra geração, nascida em tempos de relativa estabilidade, convive de forma conflituosa com as rápidas e complexas mudanças tecnológicas, cuja progressão é geométrica.

Para Pretto, o analfabeto do futuro será aquele que não souber ler as imagens geradas pelos meios eletrônicos de comunicação. E isso não significa apenas o aprendizado do alfabeto dessa nova linguagem (1996:99).

A nova geração é introduzida nesse universo desde o nascimento e por isso sua intimidade com os meios eletrônicos ocorre numa relação de identificação e fascinação (Pretto, 1996). A geração dos idosos de hoje tem revelado suas dificuldades em entender a nova linguagem e em lidar com os avanços tecnológicos até mesmo nas questões mais básicas como os eletrodomésticos, celulares, os caixas eletrônicos instalados nos bancos. Conseqüentemente, aumenta o número de idosos iletrados em Informática, ou analfabetos digitais, em todas as áreas da sociedade.

Esse novo universo de relações, comunicações e trânsito de informações pode se tornar mais um elemento de exclusão para o idoso, tirando-lhe a oportunidade de participar do presente, marginalizando-o e exilando-o no tempo da geração anterior, relegando sua função social à memória, ao passado. Para inserir-se na sociedade tecnologizada, ele precisa ter acesso à linguagem da Informática, dispondo dela para liberar-se do fardo de ser visto como alguém que está ultrapassado e descontextualizado do mundo atual.

Há uma necessidade em dominar os recursos do computador devido à sociedade ter se tornado informatizada, atingindo todos os âmbitos, e permeando o cotidiano dos indivíduos nas mais variadas faixas etárias. É preciso prevenir a exclusão dos indivíduos idosos por desconhecerem a nova linguagem que se dissemina também nas conversas sociais.

O perfil de idoso mudou muito nos últimos tempos. Apesar de ser um universo heterogêneo, pode-se dizer que, na época dos nossos avós, o idoso recolhia-se ao seu aposento e vivia o resto da vida dedicado aos netos, à contemplação da passagem do tempo pela fresta da janela, a reviver as memórias e (re)lembrar e (re)contar as lembranças passadas. Relegava-se a pessoa idosa ao passado, ao ontem, não reservando um espaço digno e louvável ao indivíduo na velhice, no tempo presente. Havia (e ainda há) uma exclusão das pessoas idosas na construção do presente e do futuro da humanidade. O futuro foi sempre considerado dos e para os jovens. Então, quais os espaços de ser na velhice?

Hoje, desponta um novo tempo, pois os/as idosos/as têm uma vitalidade grande para viver projetos futuros (a curto prazo), contribuir na produção, participar do consumo e intervir nas mudanças sociais e políticas. Cabe aos educadores a responsabilidade de pesquisar e criar espaços de ensino-aprendizagem que insiram os/as idosos/as na dinâmica participativa da sociedade e atendam ao desejo do ser humano de aprender continuamente e projetar-se no vir a ser.

Com o aumento da população idosa nos últimos tempos, conseqüentemente, aumentou também o número de idosos iletrados em Informática, ou analfabetos digitais, em todas as áreas da sociedade, gerando uma demanda por cursos direcionados para o ensino dos recursos básicos sobre o computador.

Muitas empresas oferecem cursos básicos de Introdução à Informática, porém, poucas destinam cursos específicos para a faixa etária da terceira idade.

Algumas universidades abertas para a terceira idade oferecem curso de introdução sobre os recursos do computador dentro do seu leque de opções, porém, como as pesquisas sobre o impacto da aprendizagem e utilização do computador pela terceira idade são escassas no Brasil, acredita-se que os cursos ainda não apresentem uma metodologia de ensino e aprendizagem específica para o idoso.

As pesquisas mostram que existem diferenças entre as faixas etárias na forma da apropriação e no domínio da habilidade operacional do computador. Estudos que comparam jovens, adultos e idosos na interação com a máquina apontam a importância do dimensionamento de estratégias de ensino e aprendizagem delineadas de acordo com as características e condições da população, respeitando o ritmo e tempo para aprender, as limitações físicas (auditivas, visuais) e cognitivas (memória, atenção) etc.

Na Internet um site2 traz um estudo interessante sobre o idoso e a relação de aprendizagem com o computador, do qual foram extraídas algumas questões: "Coming of age: the virtual older adult learner", por Donald A. King (1997), apresentado numa conferência de Educação Continuada no Canadá. O estudo pretendeu identificar as necessidades de aprendizagem das pessoas de 55 anos e mais para ajudá-las a superar seus medos e resistências às novas tecnologias. A pesquisa contou com uma revisão de área3 para responder à pergunta: como a terceira idade aprende as novas tecnologias. Alguns pontos de destaque:

• as pesquisas sobre idosos e computadores ainda são iniciais;

• instrução assistida por computador é bem aceita pelos idosos;

• idosos apresentam muitas razões para aprender as novas tecnologias;

• idosos apresentam dificuldades específicas para aprender.

As dificuldades para a aprendizagem do computador pelos idosos podem ser superadas, utilizando-se estratégias específicas como:

• seguir etapas gradativas de aprendizagem;

• auxílio na medida da necessidade;

• seguir no próprio ritmo;

• freqüentes paradas;

• boa iluminação;

• caracteres e fontes grandes;

• classes pequenas;

• mais tempo para a execução das tarefas e repetição delas.

Os resultados da pesquisa de King (1997) apontam especificações sobre o tipo de hardware e software e técnicas de ensino:

• Hardware - atenção deve ser dada a:

• Tamanho do monitor e iluminação;

• Teclado com design especial;

• Mouse com design especial;

• Qualidade de impressão;

• Tamanho e cor da área de trabalho no monitor;

• Qualidade do assento.

• Técnicas de Ensino - idéias para otimizar o ensino:

• começar com jogos, Internet e e-mail;

• ter outros idosos para ajudar;

• pedir aos idosos que escrevam e avaliem o currículo;

• utilizar as experiências de vida dos idosos;

• preparar material de apoio com caracteres grandes e fortes;

• manter um ritmo lento, abrir para troca.

Para King (1997), o advento da tecnologia provê a pessoa da terceira idade com oportunidades para se tornar um aprendiz virtual, fornecendo educação continuada, educação a distância, estimulação mental e bem-estar. A tecnologia possibilita ao indivíduo estar mais integrado em uma comunidade eletrônica ampla; coloca-o em contato com parentes e amigos, num ambiente de troca de idéias e informações, aprendendo junto e reduzindo o isolamento por meio da experiência comunitária.

É relevante investigar quais as abordagens adequadas para introduzir o idoso no universo da Informática e construir estratégias metodológicas educacionais para preparar a população da terceira idade (ativa ou aposentada) no domínio operacional dos recursos computacionais. É necessário gerar a alfabetização na nova linguagem tecnológica que se instala em todos os setores da sociedade e promover a inclusão do idoso nas transformações da sociedade.

A abordagem educacional com idosos tem suas peculiaridades e requer a imersão neste universo para compreendê-lo e uma prática pedagógica específica, considerando as características físicas, psicológicas e sociais dessa faixa etária.

Foram observados alguns benefícios da tecnologia para este grupo etário, como melhorar as condições de interação social e estimular a atividade mental. O computador tem utilidade e pode trazer mudanças significativas para as pessoas com mais idade.

Algumas pesquisas apontam que mudanças de atitudes em relação ao computador surgem depois dos cursos, em decorrência de os participantes se sentirem:

• mais familiarizados com a terminologia e a linguagem do computador;

• menos excluídos dos progressos tecnológicos da sociedade;

• menos apreensivos sobre o uso do computador e

• mais confiantes com as próprias habilidades para entender um computador.

Muitos idosos vêem a tecnologia computacional favoravelmente e acreditam nos benefícios da aquisição de habilidades básicas para dominar o computador (Morris, 1994).

Computadores e tecnologias da comunicação oferecem um potencial de melhorar a qualidade de vida da pessoa na terceira idade, provendo-a com as informações e serviços externos a sua residência, contribuindo para facilitar a vida das pessoas que têm dificuldade ou dependem de outros para se deslocarem.

Bibliografia

LOMAS, Carlos. "Alfabetização midiática e educação crítica: a mídia e a construção social do conhecimento". In PÉREZ, Francisco C. et al. Ensinar ou Aprender a Ler e a Escrever? Aspectos teóricos do processo de construção significativa, funcional e compartilhada do código escrito, Porto Alegre: Artmed, 2001.

MORRIS, J. M. "Computer-training needs of older adults". Educational Gerontology, 20: (6), 541-555, sep. 1994.

PRETTO, Nelson de Luca. Uma escola sem/com futuro. Campinas-SP: Papirus, 1996.

NOTAS:

* Doutora em Educação / PUC-SP.

1. Este artigo foi extraído do capítulo III da Tese de Doutorado: KACHAR, Vitória. A terceira idade e o computador: interação e produção num ambiente educacional interdisciplinar, pós-graduação em educação: currículo, PUC/SP, 2001.

2. http://www.mbnet.mb.ca/crm/oalt/projovrvue.html

3. Noventa artigos foram localizados e estudados.





quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Eu estou reativando o meu blog . Espero a participação de todos com comentários e sugestões.

sábado, 21 de junho de 2008



O contato com o mar traz uma renovação das energias

quinta-feira, 5 de junho de 2008


A beleza da natureza